Por muito que gostássemos que não fosse assim, o desenvolvimento de um projeto na indústria da construção envolve erros, muitos erros.
“Os erros fazem parte da vida, o que importa é o que fazemos sobre eles.”
Nicky Giovanni (tradução livre minha)
Na Alphalink falamos muito sobre erros, o que aprendemos com eles e como podemos fazer para não os repetir. Naturalmente, serão um tema frequente nos artigos do nosso site.
Classificamos os erros em dois grandes grupos: erros de primeira ordem e erros de segunda ordem.
O conceito foi inspirado em muita coisa que lemos e discutimos, mas não me parece que sejam designações utilizadas noutros fóruns.
Erros de primeira ordem: são erros que tendem a dar origem a muitos outros erros.
Por exemplo: contratar mal uma equipa de projeto é um erro de primeira ordem. Vai dar origem a inúmeras situações férteis em erros. Ou porque se geram tensões desnecessárias, ou porque estamos mal aconselhados, ou porque tentamos compensar as falhas de projeto improvisando em obra, ou porque…
Erros de segunda ordem: podem ser graves também, mas tendem a terminar aí.
Aprovar um trabalho a mais com um preço unitário de 50€ quando em contrato já existia o mesmo artigo a 30€. É um erro, e dependendo das quantidades poderá ser mais ou menos grave. Mas tende a ficar por aí.
É assim fundamental dar especial atenção a todas as decisões que estamos a tomar que possam resultar em erros de primeira ordem. Aqui se inclui toda a estratégia de desenvolvimento do projeto, seleção e organização de equipas de projeto e obra, planeamento geral, envolvimento com o cliente e muito mais.
Claro está que temos de dar atenção às restantes decisões também, mas é fundamental colocar o esforço e energia naquilo que pode ter mais impacto no projeto.
