Então é assim: compatibilizar um projeto não é uma ação.
Não faz sentido dizer coisas como: temos de compatibilizar o projeto, vamos compatibilizar o projeto, tu tens de compatibilizar isso e outros disparates do género.
Compatibilizar um projeto é tanto uma ação como será regulamentar o projeto (no sentido de o tornar regulamentar). Vejam bem o mal que soa: “vou regulamentar o projeto” ou “vou regular o projeto”.
Ou se projeta algo compatível ou incompatível, tal como ou se projeta algo regulamentar ou não regulamentar.
A ação é projetar. É no ato de projetar que se estabelece que o que está a ser projetado é compatível.
Desenhar algo incompatível e mais tarde dizer que vamos “compatibilizar”, como se isso fosse uma ação independente, não faz qualquer sentido.
Este “compatibilizar” tardio mais não é do que projetar novamente porque se projetou mal à partida.
Em suma:
Compatibilizar não é uma ação – ou se projeta compatível ou se projeta mal.
Ilustração de Ana Salvado | Todos os direitos reservados